Ayahuasca, uma professora da floresta

Ayahuasca, uma professora da floresta

Ayahuasca é uma bebida enteógena preparada com folhas de um arbusto conhecido como chacrona que representa a energia feminina e um cipó o jagube a força masculina.

A chacrona possui D.M.T. (dimetiltriptamina)uma substância que embora já esteja presente em nosso organismo em menores quantidades, só consegue ser metabolizada em conjunto com um inibidor da I.M.A.O. (inibidor da monoaminoxidase) encontrado no cipó.

O nome ayahuasca de origem quéchua significa “cipó dos espíritos”, “cipó da pequena morte” ou “vinho das almas”, utilizada pelos povos indígenas da região amazônica como uma planta de poder para expandir a maneira cotidiana de entender o mundo e seu funcionamento, estabelecendo uma ponte entre os homens e as suas divindades.

Também conhecida como Santo Daime é utilizada dentro de diversas correntes religiosas, Santo Daime, Barquinha, U. D. V. e linhas alternativas independentes.

Atualmente há um grande aumento de pessoas buscando experiências com esta planta sagrada, mas somente aos buscadores sinceros ela se apresenta.

Qualquer elucidação sobre a atuação deste vegetal será uma definição pálida do que realmente ela é capaz de despertar. Ela é um “divisor de águas” na vida aqueles que adentram o seu universo.

Em seu mundo mágico alcançamos novos níveis de conhecimento sobre nós mesmos e sobre a existência. Uma professora da floresta que traz bálsamos aos corações perdidos e afastados de sua verdadeira essência.

Uma planta visionária que traz esclarecimentos de que somos muito mais do que acreditamos ser e traz questionamentos sobre essa estranha corrida em busca do sucesso e da realização em que a sociedade moderna está inserida.

Ela muda a visão desta busca, nos permitindo enxergar através dos limites delineados pela mente humana, mostra que viemos aqui para evoluirmos como seres espirituais e que o verdadeiro sucesso pode estar contido em uma simplicidade ímpar.

Traz a mudança dos valores dentro de nós, os sonhos e aspirações passam a adentrar uma esfera universal e não mais uma micro esfera de procriação e sobrevivência. Desfragmenta a miudeza de viver no caminho da caçada por algo que não sabemos nem o que é e nem aonde iremos chegar.

Nos tira da zona de conforto, roubando o véu da ilusão quentinha e cor de rosa que nos inserimos, trazendo a libertação de uma cegueira através de um profundo sentimento de unidade com todos os nossos parentes sejam eles seres humanos, plantas, animais ou pedras.

Se muita vezes desejamos mudanças e não encontramos o sentido da vida é porque estamos dentro de um labirinto criado por um universo que nos introduziu ao consumo descontrolado para nos encontrarmos.

A mestra ensina que esta forma de busca não nos preenche e o quanto a nossa alma é carente do equilíbrio e desta conexão com o todo e com a existência.

Traz a consciência que a vida é curta demais para apenas “passarmos por ela” e que viver é muito mais do que isto, ela ensina que viver é ser pleno e estar realmente feliz com seus passos e que alcançar esta plenitude vale muito mais do que muitas coisas que antes considerávamos importantes. Através dela descobrimos valores antes desconhecidos.

Ela abre a nossa mente, expandindo a consciência como seres espirituais vivendo uma experiência humana, nos ensina que para perdoar alguém, precisamos primeiro perdoar a nós mesmos e que principalmente para amarmos, quem quer que seja, precisamos nos amar muito e isto não é ser egoísta como nos foi ensinado.

Ensina que precisamos estar conscientes de que tudo que nos acontece tem um porquê e que não somos vítimas de nada, nem de ninguém e os desafios nos levam a sabedoria.
Que cada ser é um universo, que tem o seu tempo e o seu aprendizado como espírito, não existindo ninguém nem melhor nem pior, apenas diferente, por isso por onde passamos devemos sempre ter respeito a verdade do outro, pois ninguém precisa pensar ou agir da mesma forma que nós.

E nesta multiplicidade de verdades aprendemos a aceitar com amor tudo e todos, cada um com seu nível de consciência, pois nossas relações são na verdade um grande campo de provas e ensinamentos.

Ensina que o caminho do julgamento é um labirinto que nos leva até nós mesmos.
Ensina que nossos pensamentos podem ser nossos aliados ou não, e que só depende de nós cultivá-los no solo da essência ou da ignorância.
Ensina que o bem que podemos fazer pelo outro, seja em palavras ou ações, pode ser muito mais forte do que nossa miséria humana, que a nossa pequenez pode ser, a cada dia, regada com nossas próprias lágrimas e que através das experiências temos o poder de nos transformar.

Ensina que todas as respostas que precisamos ouvir estão dentro de nós mesmos, basta apenas ter ouvidos para escutar.
Ensina que os nossos olhos podem contemplar tudo que há demais belo em cada situação, dependendo da ótica em que resolvemos nos colocar.
Ensina que a paz universal tão almejada pode começar em uma atitude aparentemente pequena, mas que pode fazer toda a diferença para alguém.
Ensina o quanto somos livres e que todo aprisionamento pode ser libertado por nossas próprias ações.
Ensina que a raíz de qualquer sofrimento pode ser fruto da nossa própria opção.
Ensina o quanto esta vida é efêmera e o quanto podemos ser muito mais do que qualquer preocupação e que quando abandonamos a necessidade de ser aceitos somos apenas nós mesmos e é assim que deve ser.
Ensina que viemos aqui para descobrirmos muito mais do que nos foi ensinado nas escolas e universidades.
Ensina que o apego a qualquer coisa ou sentimento seja ele bom ou ruim, mais tarde nos trará sofrimento.
Ensina que somos seres únicos espirituais, que viemos sozinho a este mundo e assim voltaremos.
Ensina que a aceitação nos coloca na posição de observadores da existência que optaram em não lutar, mas sim fluir, como a natureza e seus ciclos.
Ensina que devemos cuidar bem de todos os seres que cruzarem o nosso caminho, manifestando o amor divino sempre e que esse amor é a nossa mais real verdade e a mais simples forma de transformar as mazelas da vida.

Ensina que para sermos realmente livres precisamos conviver bem com a luz e com as sombras, andando de mãos dadas com a capacidade de cada força.
Ensina que podemos acessar qualquer universo com humildade e coragem.
Ensina que as dualidades são frágeis e ilusórias com a escuridão da noite e a clareza do sol e que a vida é muito bela, independente das coisas que nos aconteçam.

Ensina que um verdadeiro guerreiro é aquele que conseguiu enxergar além, que teve olhos para ver que o amor e a unidade podem ser os primeiros passos na busca de nossa verdadeira felicidade.

Infinitos são os ensinamentos da Rainha da Floresta e seu portal de conhecimento.

Texto: Paula Raquel Xavier

Conheça nossos  rituais  com Ayahuasca 

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